Como o «Dias de Estupidez» não é só um blogue parvo, mas também um meio de eu «despejar» as minhas frustrações, hoje o post é totalmente dedicado à política, ou seja, pouca gente o vai ler.
Num dia em que o PSD se confirmou como vencedor das Eleições Legislativas, sendo assim Pedro Passos Coelho eleito novo Primeiro-Ministro, decidi revelar aqui algumas das minhas opiniões (muito embora saiba que isto não interessa a ninguém). O facto de um «senhor» que só consegue tirar um curso aos 37 anos numa faculdade privada e cujas ocupações profissionais pouco me parecem ter a ver com as suas capacidades, chegar a Chefe de Governo nem me merece comentário. Depois, o facto de um «senhor» que revelou, por mais que uma vez e na praça pública, falta de respeito para com a população, vencer um sufrágio democrático, merece-me o mesmo comentário do ponto anterior.
Como podem perceber (se é que está alguém a ler isto) prevejo, infelizmente, o pior futuro para Portugal. O resultado destas eleições não só garante que o país se afunde (espero estar enganado) como levou à demissão de José Sócrates como Secretário-Geral do Partido Socialista (demissão essa acompanhada por aplausos e gritos efusivos vindos da sede do PSD). Não fosse já mal que chegasse Portugal perder o melhor Primeiro-Ministro de que tenho memória e ficar nas mãos de quem fica, e ainda perde um representante que colocou sempre Portugal em primeiro lugar, um representante que revelou que na política não existem só «mandriões» e um representante que tudo fez para tornar Portugal num país melhor.
Infelizmente o povo português não soube reconhecer os esforços levados a cabo nos seis anos em que José Sócrates governou o país e parece acreditar (utopicamente) que todos os males do mundo são culpa do ex-PM. Perceberão (mais uma vez espero estar enganado) que o pior está para vir, e que ao eliminarem «aquele» que se esforçou por «Defender Portugal» não mais fizeram que abrir as portas a todos aqueles que com o País... pouco se importam.
De tudo isto fica o discurso emocionado e emocionante de José Sócrates, ficam as suas palavras a agradecer ao País a oportunidade de servir Portugal e deverá ficar, para a posterioridade, um «Obrigado» dos portugueses por terem tido o orgulho em serem governados por tão grande Homem.
P.S. [1]: uma nota para o discurso oco de Passos Coelho e para o seu «óptimo» inglês;
P.S. [2]: uma nota também para o discurso de Paulo Portas que me surpreendeu pela positiva;
P.S. [3]: de referir ainda que eu não tenho ligação a qualquer partido.
Num dia em que o PSD se confirmou como vencedor das Eleições Legislativas, sendo assim Pedro Passos Coelho eleito novo Primeiro-Ministro, decidi revelar aqui algumas das minhas opiniões (muito embora saiba que isto não interessa a ninguém). O facto de um «senhor» que só consegue tirar um curso aos 37 anos numa faculdade privada e cujas ocupações profissionais pouco me parecem ter a ver com as suas capacidades, chegar a Chefe de Governo nem me merece comentário. Depois, o facto de um «senhor» que revelou, por mais que uma vez e na praça pública, falta de respeito para com a população, vencer um sufrágio democrático, merece-me o mesmo comentário do ponto anterior.
Como podem perceber (se é que está alguém a ler isto) prevejo, infelizmente, o pior futuro para Portugal. O resultado destas eleições não só garante que o país se afunde (espero estar enganado) como levou à demissão de José Sócrates como Secretário-Geral do Partido Socialista (demissão essa acompanhada por aplausos e gritos efusivos vindos da sede do PSD). Não fosse já mal que chegasse Portugal perder o melhor Primeiro-Ministro de que tenho memória e ficar nas mãos de quem fica, e ainda perde um representante que colocou sempre Portugal em primeiro lugar, um representante que revelou que na política não existem só «mandriões» e um representante que tudo fez para tornar Portugal num país melhor.
Infelizmente o povo português não soube reconhecer os esforços levados a cabo nos seis anos em que José Sócrates governou o país e parece acreditar (utopicamente) que todos os males do mundo são culpa do ex-PM. Perceberão (mais uma vez espero estar enganado) que o pior está para vir, e que ao eliminarem «aquele» que se esforçou por «Defender Portugal» não mais fizeram que abrir as portas a todos aqueles que com o País... pouco se importam.
De tudo isto fica o discurso emocionado e emocionante de José Sócrates, ficam as suas palavras a agradecer ao País a oportunidade de servir Portugal e deverá ficar, para a posterioridade, um «Obrigado» dos portugueses por terem tido o orgulho em serem governados por tão grande Homem.
P.S. [1]: uma nota para o discurso oco de Passos Coelho e para o seu «óptimo» inglês;
P.S. [2]: uma nota também para o discurso de Paulo Portas que me surpreendeu pela positiva;
P.S. [3]: de referir ainda que eu não tenho ligação a qualquer partido.
16 comentários:
eu li. juro que li. mas não sei o que comentar (tonta). ainda to com saudade ;*
Com a situação que o país atravessava isto nao podia continuar assim. Tinha que haver uma mudança.
Pois o currículo de Passos Coelhos estranha um pouco mas tmb não podemos falar do Sócrates(do tal diploma ao domingo).
Veremos daqui a uns tempos como corre o país com este novo PM.Espero que esta situação que Portugal atravessa seja temporária
Não podia estar mais de acordo contigo.
Tenho medo do que vem amanhã...
Ana Magina
Bia, fico honrado com o teu « sacrifício» em leres isto tudo. Basicamente houve eleições cá em Portugal e não ganhou quem eu acho que devia ter ganho.
Espero que estejas melhor. :( ***
Caro Anónimo das 00h19,
A situação que o país atravessa (e não «atravessava») vai continuar. A verdade é que, de imediato, pouco importava quem fosse eleito nestas eleições, visto que o acordo com o FMI está assinado e já pouco se pode fazer para alterar as medidas que o Fundo irá tomar. A questão aqui é perceber qual a vantagem em ter uma mudança no governo numa altura destas: preparar o futuro? Pois bem, sou da opinião que o Sócrates teria todas as condições de continuar no comando caso não fosse o «interesse» de todos os outros partidos em tirá-lo de lá e o facto de que em Portugal, sem maioria, não se consegue fazer grande coisa (muito conseguiu fazer Sócrates).
Basicamente, sou da opinião que os interesses da Nação foram colocados em 2º plano pelo PSD quando este rejeitou o PEC IV e «obrigou» a vinda do FMI, e os eleitores que agora rejubilam a eleição de Passos rápido perceberão que afinal o Sócrates não era um bicho-papão em busca de dinheiro e poder. Apelidarão Passos como «outro Sócrates» e nem chegarão a perceber que ao contrário deste, o ex-PM colocava Portugal acima de tudo o resto.
Quanto ao seu desejo, partilho-o consigo, embora duvide que isto seja passageiro.
Cumprimentos.
Ana, há quanto tempo caneco? :)
Vamos lá ver o que aí vem... espero bem daqui a uns meses escrever que afinal estava enganado e que este Passos é o maior do mundo. Beijos.
Não podia estar completamente de acordo contigo Daniel !
Caro Anónimo das 12h46, se não pode estar «completamente de acordo» comigo, pelo menos que o esteja em parte. :) (vou-me fazer convencido e acreditar que queria dizer que não podia estar «mais de acordo» comigo, portanto obrigado). Cumprimentos.
Completamente de acordo naquilo que dizes sobre o "senhor" PPC. O futuro, de facto, preocupa. Mas continuo sem perceber o porquê de idolatrares José Sócrates, que como é sabido (e já alguém aqui referiu) também não tem um currículo exemplar. E sim senhor, Sócrates adoptou algumas boas políticas, mas quando chegou ao poder não estávamos tão enterrados como estamos hoje.
Bottom Line: PPC é mau, Sócrates mau é, todos eles são maus e têm com objectivo único arranjar tachos, para eles e para quem lhes lambe as botas. Portanto olha rapaz, ganhou o PPC, resta aceitar, dar o benefício da dúvida (até porque ninguém sabe nada das suas capacidades governativas), e torcer por uma boa legislatura que nos tire do buraco onde estamos.
Outra coisa que não percebo... o discurso do Portas surpreendeu-te pela positiva? Porquê? O que eu vi foi um líder partidário regressado depois de a poeira assentar (parece que já ninguém se lembra da sua performance como ministro há 7 ou 8 anos), a agradecer os resultados com um conjunto de frases feitas, e a utilizá-los para se "fazer ao bife" (leia-se coligação com o PSD). Não me surpreendeu nada, aliás sempre previ este desfecho.
Por muito «não exemplar» que seja o currículo de José Sócrates não é comparável com o «currículo» de PPC. Para além disso Sócrates provou ter capacidades de liderança, coisa que até ver Passos Coelho não demonstrou possuir (e que duvido que venha a demonstrar).
Quanto ao estarmos «enterrados», quando José Sócrates chegou ao Governo o país já estava mal estruturalmente e no 1º mandato ele conseguiu até reduzir o défice e melhor a situação de Portugal. Obviamente que com o despoletar da Crise económica mundial (que como o próprio referiu, será estudada nos livros de história como hoje são estudadas outras crises) era totalmente impossível, por muitos esforços que se fizessem, Portugal passar ao lado daquilo que afectou todos os países (uns mais que outros).
Basicamente Sócrates sofreu com o facto de ser apanhado numa crise sem precedentes, e mesmo fazendo tudo o que estava ao seu alcance, nomeadamente através dos Planos de Estabilidade e Crescimento, não conseguiu (ou não o deixaram) tirar a Nação da crise em que agora estamos mergulhados.
Respondendo ao Bottom Line, tal como escrevi no post sou da opinião que Sócrates provou não ser daqueles que quer «arranjar tachos», só que infelizmente o facto de ele não ser assim levou a que fosse odiado por todos os que assim são.
Quanto ao discurso de Portas, surpreendeu-me pela atitude dele perante a situação do PS, ao dizer que o país nada ganhava em ter um Partido Socialista fraco. O resto foi o esperado e aquilo que ele era «obrigado» a dizer.
Por último, idolatro Sócrates por ver nele tudo aquilo que um político tem que ser, por tudo aquilo que ele fez pelo nosso País e por todas as suas atitudes em que ficou claro que para ele antes de tudo o resto está o bem de Portugal.
Cumprimentos.
Rapaz, não acredito que sejas assim tão ingénuo e tão crente na "santidade" de José Sócrates. Lê isto:
http://canais.sol.pt/paginainicial/politica/interior.aspx?content_id=162115
Agora percebe uma coisa: houve, há, e vai continuar a haver os chamados "jobs for the boys", independentemente de quem esteja no Governo. Sócrates não fugiu à regra, assim como Passos Coelho também não fugirá. É preciso agradecer àqueles que andam a gritar vivas nas filas da frente dos comícios, é preciso empregar os conhecidos e protegidos dos senhores do dinheiro, os grandes empresários e os grandes banqueiros, esses sim os verdadeiros donos do país. E é um cenário que só tende a agravar-se com um Governo de direita.
Concordo que a legislatura de Sócrates decorreu num momento difícil da economia internacional, o que acaba por servir de atenuante. Mas não desculpa tudo.
E quanto ao sr. Portas, continuo a ver nele um interesseiro que vai conseguir os seus intentos de assumir uma pasta no novo Governo, e arranjar mais uma ou duas para o CDS.
É por isso que a mim a Política não me diz nada. É um mundo de corrupção e interesses do qual quero é distância.
Um abraço :)
Eu não sou crente na «santidade» do Sócrates, sou crente na sua competência e no facto (para mim é facto) de que não há neste momento pessoa mais indicada para comandar os destinos do País.
Relativamente às nomeações, que tem isso de surpreendente? Obviamente que há jogos de interesses, assim como há quando se trata da eleição do Presidente da República (não é por acaso que existem senhores que financiam campanhas de candidatos). As nomeações, sejam ou não baseadas nas capacidades dos nomeados, fazem parte do sistema democrático e no artigo do «Sol» até se diz que António Guterres fez ainda mais nomeações. Nada de estranhar.
Claro que não desculpa tudo mas a verdade é que justifica grande parte das medidas tomadas pelo ex-PM (embora muitos se esforcem em ignorar isso). Não existem governações perfeitas nem nunca existirão (é impossível agradar a gregos e troianos), mas a verdade é que em tanto que Sócrates fez é normal ter tomado medidas menos acertadas, como o próprio admitiu. Para mim não são essas medidas que lhe marcam a governação.
Cumprimentos.
P.S. Pior que o Paulo Portas é o Francisco Louçã. :)
Meu caro Paiva, é com vergonha que encaro o facto de te conhecer há tantos anos e não saber que também gostas do Sócrates. Pensei que eu era a única jovem (mais a Carolina Patrocínio, mas essa como tinha um tacho tinha que gostar dele (kidding)) a admirar o nosso antigo PM. Não acredito que este novo dado nos venha a unir no futuro, mas não deixo de ficar contente. Outra coisa, se eu um dia enveredar pela carreira política que tanto ambiciono, não deixarei de convidar-te para a minha equipa.
Parabéns pelo blog. Abraço
Minha cara Mariana, não sei de ti vai fazer 10 anos catano! Isto assim não pode ser.
Eu também encaro com vergonha o facto de não saber que tu gostavas do José, e também me achava o único jovem a admirar o nosso ex-PM (a Carolina Patrocínio não conta, portanto há dois jovens no mundo a admirá-lo).
Quanto ao teu futuro convite, espero que sejas tu a tirar-me do desemprego, portanto não te esqueças da «promessa». :) Beijos.
Olá, passei por aqui na desportiva. Antes de mais, deixa-me dar-te os parabéns, o teu blog é excepcional e tenho cá vindo de vez em quando! : ) Acabei de chorar com o menino chinês e acabo a rir com este post! Afinal de contas, é este o "core business" do teu blog. Brincadeira...
Respeito a tua opinião, Daniel, muito sinceramente, tal como respeito a de toda a gente. Mas "julgares" (tu e muitos outros) a competência de uma pessoa por ter acabado o curso aos 37 anos é a maior barbaridade de sempre. Ou então, antes dos bitaites sobre a idade com que o Passos acabou o curso surgirem, saibam o que fez ele entretanto. Com isto quer dizer que o Primeiro-Ministro Pedro Passos Coelho hoje, apesar de ser licenciado apenas há 10 anos, conta com mais de 20 em experiência política, empresarial e de gestão.
Quanto ao "melhor primeiro-ministro" de sempre... Para mim não o é, para a maioria de Portugal não é mas, tal como referi, são opiniões... E quanto a revelar que na política não existem só "mandriões", ainda está para vir o PM que faça isso. E não digo que será o Passos, pois não o "idolatro" a esse ponto. Mas tenho a certeza que José Sócrates não fez tudo para tornar Portugal um país melhor. E seis anos provaram isso. Mas acredito que seja competente em alguma coisa... Mesmo sabendo que se licenciou aos 39, sim, aos 39 (em 1996). E a um Domingo. E como não gosto de criticar sem fundamento, Sócrates também ganhou experiência em diversos terrenos. Nomeadamente como membro-fundador da Juventude Social-Democrata. Hm? Estranho?! Ah pois, ele agora defende ideais totalmente diferentes. E pronto. Aqui se iniciaria outro tópico interessante.. Jobs for the boys. Mas nem vou entrar por esse campo. : ) Um beijinho, Daniel! E continua com o fantástico blog! *
P.S.: Boas férias, se já não te encontrar pela Covilândia! *
Olá Catarina, antes de mais obrigado pelo elogio (apesar do blogue não ser nada de jeito e não merecer que digas bem dele). :)
Quanto ao assunto «Sócrates vs Passos Coelho», pois bem sou obrigado a admitir que quando escrevi o post estava ligeiramente consumido pela «febre do momento», mesmo assim mantenho a minha opinião e continuo a achar que ele foi o nosso melhor PM. No entanto, e tal como disse, espero estar enganado sobre o PPC e se ele conseguir provar ser melhor que Sócrates não me custará nada admiti-lo.
Relativamente à questão das licenciaturas, esse não é o motivo maior da minha desconfiança quando ao Passos Coelho. A verdade é que ele ocupou uma dezena de cargos de gestão em empresas de um tal Ângelo Correia do PSD, o que me faz «desconfiar» do seu mérito e das suas capacidades. Obviamente que isso não prova nada, e se calhar ele até é um excelente gestor e virá a ser um óptimo PM. Esperemos que sim.
No que diz respeito à passagem do Sócrates pela JSD, por acaso até já tinha conhecimento e até acho que isso justifica em parte o facto de a postura dele nunca ter sido totalmente de «esquerda» (muitos disseram que nunca tinha havido um governo de PS tão pouco «à esquerda»). Seja como for, se o PSD não correspondia às ideologias dele, fez ele bem em mudar de partido. :)
Beijinho e boas férias para ti também! ;)
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