quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

Balanço da estupidez de 2015

Para além de um ano em que este blogue de pouco ou nada serviu (as usual), 2015 marcou acima de tudo a continuidade da mudança na minha vida começada ainda em 2014.


Isto é só uma imagem engraçada que encontrei ali na internet.


Emigrei, viajei, conheci pessoas importantes e cá estou, mais crescido do que era e a sentir-me mais próximo de ser aquilo que pretendo ser. Sim, continuo estúpido e orgulho-me cada vez mais disso caraças. A estupidez agora é mais refinada, continuando a ser uma parte essencial de mim mesmo.

Entretanto, aqui há duas semanas, tirei umas férias e fui à Ucrânia. Para o ano já faço aqui um post sobre a experiência e sobre as 195493342 horas em que andei de comboio. Tudo a seu tempo.

Quando a 2016, seja o que for. Fiz questão de tomar algumas decisões importantes ainda este ano e de as tornar 'oficiais', agora é seguir a minha vida chasing some dreams. Por muito que ache que o destino não tem sido muito justo comigo, estimo bem é que o destino se lixe. Mais cedo do que tarde, estou absolutamente certo que terei o que mereço (seja isso uma morte sofrida numa valeta, com formigas a entrarem-me pela boca, ou o cargo de copywriter numa super-mega-empresa-porreira).


E indonésio, obviamente que não me esqueceria. Desejo-te a ti, único leitor desta espelunca, um Feliz Ano Novo e que continues a produzir as sapatilhas que eu calço ano após ano. Um abracinho apertado.

sábado, 28 de novembro de 2015

Roma: uma cidade que é um museu

A decisão de visitar Roma foi repentina e irrefletida, tanto que acabei por comprar o bilhete numa qualquer hora de almoço usando o wi-fi do shopping. Para além disso, Roma era mais um daqueles destinos que não fazia parte da minha bucket list de viagens, portanto comprei mesmo os bilhetes naquela de ir por ir.



And afteral, valeu bem a pena. Roma é aquilo que dizem ser: um gigante museu com as portas abertas. Em cada recanto há algo que podia perfeitamente fazer parte de qualquer museu daqueles em que se paga para entrar. Há uma imensidão incontável de estátuas, há o Coliseu e toda a grandiosidade de um povo que outrora teve muito do mundo nas suas mãos.



E há comida, muita comida. Especialidades de Roma, de Ligúria e de Sicília (isto para escrever apenas sobre aquelas que experimentei). Há café e todos os seus derivados, há chocolates e doces que colocam em risco qualquer diabético.





Mas Roma está longe de ser uma cidade perfeita. A par da beleza de todos os monumentos, Roma tem centenas de paredes rabiscadas (digamos antes: vandalizadas). É sem dúvida a mais grafitada de todas as cidades que visitei e aquela que mais impressão me fez. Sou fã de arte urbana... desde que seja arte. Em Roma não vi mais que riscos feitos com spray, sem qualquer noção de bom senso.



Saindo de Roma (kind of), deixei a Cidade do Vaticano para o fim. É impotente e é um daqueles locais que parece que chama à instrospeção. Não visitei a Basílica, mais por não ter paciência para a fila que pelo custo, mas acabei por estranhar o facto de não me sentir em 'solo sagrado'. Não se pode comparar a Blue Mosque (Istambul) com a Praça de S. Pedro, por exemplo. Na Turquia todos respeitam as tradições e o local, e sente-se a fé e a religião, mesmo dos turistas. Na Praça de S. Pedro há pessoas a tirar selfies e a rirem-se... não vi ninguém fixo na varanda papal, por exemplo, a rezar ou a parecer louvar a Deus.


Seja como for, não deixei de ficar contente por ter tido a oportunidade de visitar o Vaticano, provavelmente o lugar que mais segredos da humanidade esconde.

Em suma: Roma foi mais um destino que mereceu ser visitado e mais um 'check' no meu mapa. Foi também mais uma prova de que há poucas coisas que valham mais a pena que viajar. Afinal: "Travel is the only thing you buy that makes you richer." 




P.S. O meu telemóvel não vale nada para tirar fotos. Mas em breve haverá uma câmera a sério para estas coisas.:)

sexta-feira, 13 de novembro de 2015

Um post mais non-sense que o habitual

Isto de estar muito tempo sem aqui escrever é sinal de uma de duas coisas: andar deprimido e não ter paciência para isto ou andar todo contente e esquecer-me. Ora bem, nem sei qual das duas será desta vez. Apostemos num 50%-50%. By the way, eis que é sexta-feira 13.


A verdade é que com o aproximar de 2016 começo a sentir cada vez mais a necessidade de mudar a minha vida novamente e correr atrás daquilo que quero profissionalmente. Apesar de estar feliz aqui, e acima de tudo estar estável, não é aqui a fazer o que faço que deveria estar.

E pronto, este post fica assim que não me apetece escrever mais. Este fim-de-semana vou passear e no próxima vou até Roma. Portanto, que se coza isto.

sábado, 31 de outubro de 2015

Novembro: um mês do caraças


Apesar de os últimos meses já terem sido fortemente nesta tendência ("No Shave"), Novembro é Novembro! Portanto toca a ultrapassar os limites da normalidade e a ser detentor de uma barba bem farta, no estilo I don't give a sh#t!

Para além disso, Novembro será também o mês sem açúcar. Porquê? Bem, vi o vídeo destes gajos e decidi que ia tentar. Os chocolates e doces nem me farão muita falta, mas o facto de não poder beber sumo (sem ser natural) vai dar comigo em doido! Mas fuck it, é mais um desafio.


(a parte do álcool ainda não é certa. Vou ponderar)

E como não há duas sem três, Novembro será também o mês do Insanity. Já ando ao tempo para começar o programa e é desta que o vou fazer. Para quem não sabe o que é, logo escreverei sobre isso.

segunda-feira, 19 de outubro de 2015

A 1ª aventura na Turquia

Mesmo não querendo começar este texto com um cliché, vou fazê-lo: não há palavras para descrever aquilo que Istambul é. E mesmo não havendo palavras, eu vou escrever algumas.


O meu telemóvel decidiu confundir o Sol com uma bomba atómica.
Com uma população maior que a de Portugal, Istambul é uma cidade dividida pelos continentes europeu e asiático, sendo portanto ‘the city where east meets west’. E se numa cidade assim se pode esperar encontrar muito trânsito, muita confusão e demasiada gente, podem-se também encontrar centenas de surpresas e coisas que tornam Istambul diferente de tudo o resto.

Nunca tinha visto uma cidade com tantas bandeiras içadas (apesar de ser, em grande parte, devido aos recentes atentados ocorridos).

As minhas expectativas estavam altas, no entanto era impossível estarem ao nível daquilo que encontrei. Istambul passou a ser a melhor cidade que já visitei e apercebi-me disso logo no segundo dia de viagem. Praga, Budapeste e Belgrado podem ter a sua magia, mas em Istambul há algo mais. São milhares de anos de história em cada rua, tradições que nos transportam para o passado e sensações que duvido que venha a sentir noutro lugar.

Construída entre 1609 e 1616, a Sultanahmet Camii é uma das maiores atrações turísticas do país.


A entrada do maior e mais antigo mercado coberto do mundo. Sinceramente, gostei mais do Spice Bazar.

Mais uma vista da Blue Mosque.

Entrada do complexo do Dolmabahçe Palace. 

Galata Tower: Hezarfen Ahmet Çelebi terá voado daqui até à parte asiática algures em 1630.

Vista da Galata Tower (25 liras para lá subir! Que grande roubo!)

Outra vista da Galata Tower (e que roubo foram as tais 25 liras, coza-se!)




A Cisterna da Basílica, construída em 532, terá sido o lugar mais antigo em que já pus os pés.

Acabadinho de pisar solo asiático!



Vista de Büyükada, uma das 9 ilhas que compõem o arquipélago Prens Adaları. Não há lá nem um carro! :)

E claro, uma vista da Ataturk Square, um dos mais emblemáticos sítios da cidade.
Não gosto de revisitar países, mas sinto-me na obrigação de voltar à Turquia e a Istambul. Pode ser em meio ano ou em 10, mas tenho a certeza que quando for voltarei a sentir o arrepio que senti quando comecei a ver a cidade a ficar para trás. Até já Istambul!




Entretanto, os meus mapas estão assim. Step by step, a ver se conquisto a Europa! :)

segunda-feira, 12 de outubro de 2015

Um Aventura na Turquia [preview]




Sou-vos sincero: nunca sequer coloquei a Turquia como um dos países a visitar na minha lista de viagens. Mas damn it, estou perto e tenho lá vários amigos, portanto: why not? E este pensamento tem vindo a estender-se à Rússia e à Ucrânia, por exemplo (sendo que para essas aventuras, tenho que tirar um passaporte primeiro).

E esta conversa porquê? Ora bem, estou prestes a embarcar para Istanbul e não posso negar que estou deveras ansioso. As expectativas são muito altas, tendo em conta tudo o que li e ouvi sobre a "cidade" (para mim é mais como um país, mas okay).


Portanto, let's see. Vou na certeza que serei visto como um gajo de lá: barba grande, tom de pele mais escuro e aspeto árabe. Só me faltará saber falar turco (só sei mesmo asneiras...). Entretanto, espero encontrar por lá o Tacuara para lhe pedir uma t-shirt porra! :)

domingo, 4 de outubro de 2015

Bucharest Half Marathon 2015

Um dia decidi que ia correr uma meia maratona (uma maratona também, mas essa exigirá preparação). Em que dia? No dia em que a minha empresa me disse que pagava a inscrição na meia maratona de Bucareste! :)



Já agora, estão a ver aquela área bem delineada na parte de baixo do mapa? Aquilo é nada mais nada menos que a área onde se localiza o 2º maior edifício do mundo. Filhos da mãe fizeram-me dar quase duas voltas a isto, perfazendo assim uma boa parte dos 21.0975 km que corri.



 Quanto à corrida em si, não tinha sequer definido bem os objetivos. Chegar ao fim era uma obrigatoriedade, sendo que em termos de tempos apenas sabia aquilo que a organização indicou: tinha que terminar em menos de 3 horas.



Portanto comecei a correr, ultrapassando algumas centenas (ya, centenas!) de corredores nos primeiros quilómetros. Dada a densidade de pessoas, fiz ultrapassagens pela direita, pela esquerda, pelo passeios e pela relva da berma. Quando cheguei à placa que sinalizava o 12º km decidi verificar o meu tempo até então (estava a usar uma aplicação no telemóvel). Ora bem, exatamente uma hora, ou seja, estava a correr a uma média de 5min/km.



Era um tempo bem melhor que aquele que eu suponha ter, o que me fez ganhar ânimo para o que faltava do trajeto (isso e as várias raparigas a baterem palmas e a gritarem "ÉS O MAIOR!" [não era isto que elas estavam a gritar, mas teria sido motivador]).



Lá continuei, até que chegou o km 15, damn! A aproximação ao Parlamento (o tal grande edifício) acontecia, no entanto ainda tinha mais de 6 km pela frente. Para ainda dificultar mais as coisas, deu-se a passagem pela meta (uma primeira passagem) e começou uma volta ao raio do edifício, com uma subida ligeira.



Nessa altura, e no último ponto de apoio, decidi tirar um copo de água e um pouco de banana. Foi como um novo fôlego para a parte mais difícil: a aproximação do final.



No início, quando comecei a correr, o cronómetro da linha de partida marcava pouco mais de 5min (a contagem individual foi feita através de chips). E quando me aproximei, agora para a chegada, atentei no facto de o cronómetro marcar pouco mais de 1h55. Atentando nos resultados oficiais acima: 1:51:38.



Portanto, depois de um ano a ter hábitos alimentares pouco saudáveis, sem preparação física e com sapatilhas que nem sequer são apropriadas para correr (tenho as plantas dos pés todas lixadas, para além do resto do corpo), acabei por concluir a minha primeira meia maratona em menos de 2 horas, acabando num honroso ### lugar entre ### participantes que chegaram ao fim.

sábado, 3 de outubro de 2015

București: Micul Paris

Hoje vou-me alongar um pouco mais, visto que ultimamente os posts por aqui pouco ou nada têm prestado. Para além disso, amanhã vou correr a minha primeira meia maratona e existe a possibilidade de não sobreviver para contar a história.


E vou-vos escrever sobre os meus últimos 6 meses passados pela capital romena: București. Por não ser uma cidade que entre normalmente num roteiro turístico europeu, pouca gente sabe algo sobre esta aglomeração de quase 2 milhões de habitantes.




Apesar de ter estado pela Roménia durante 5 meses, aquando do meu voluntariado, nunca tinha tido oportunidade de visitar Bucareste, portanto a primeira vez que cá estive foi mesmo quando o avião aterrou no Aeroportul Internațional Henri Coandă, na noite de 22 de Fevereiro.

Nessa mesma noite passei pela Gara du Nord, ou seja, pela principal estação de comboios da cidade (foto acima), o que contribuiu em muito para a minha péssima primeira impressão de Bucareste. O que pensei na altura, recordo-me, era que aquilo mais parecia um barracão abandonado (hoje não penso o mesmo, e até é um dos locais que mais irei recordar).



O dia seguinte à chegada foi mais uma catástrofe em que nada me correu bem e em que pensei, dezenas de vezes, porque raio tinha voltado para a Roménia. Felizmente que a partir daí tudo foi melhorando, fazendo com que hoje possa afirmar que tomei a decisão certa ao voltar para este país.

Mas voltando à capital, Bucareste é uma cidade estranha. Marcada pelo período comunista de Ceauşescu, é uma cidade de extremos e variantes. São vários os prédios degradados e os edifícios com aspeto pouco habitável, no entanto são também vários os monumentos e os parques de fazer inveja a qualquer cidade europeia.


É acima de tudo uma cidade que está a evoluir, muito pelo impulso europeu, mas que continua fiel àquilo que sempre terá sido. Há pobreza e dificuldades, é certo, mas está longe de ser o fim do mundo que muitos pensam que é. Para além disso, é uma cidade segura. Nunca, até hoje, tive qualquer problema, nem sequer nas várias vezes em que me perdi em ruas com aspeto perigoso a meio da noite. Para além disso, o que não faltam para aqui são seguranças.


Bucareste é uma cidade gigante, cheia de prédios e pessoas, no entanto tem uma imensidão de parques com lagos e espaços verdes. Para além disso, todos esses parques estão direcionados para o exercício físico, com equipamentos para fazer ginástica e pistas de ciclismo/corrida bem marcadas.


O que não faltam são restaurantes e bares, sendo que aqui tem destaque o Centrul Vechi, parte mais antiga da cidade e onde se centra a nightlife da cidade. Jantar num restaurante de 'classe' (maior parte dos restaurantes por aqui são de muito boa qualidade) faz-se por cerca de 30/40 RON (7/8 euros). Já uma cerveja, que aqui se serve normalmente em doses de 500ml, custa entre 6 e 12 RON (2/3 euros), dependendo do bar em que se entra.


Quanto à noite a sério, aqui não se paga entrada para ir a um bar. Vai-se, vê-se e bebe-se, se se quiser. O que não falta é oferta e passar de um espaço para outro é uma questão de minutos. 


Last but not least, e focando o ponto sobre o qual o indonésio se deve estar a questionar, passemos às mulheres em Bucareste. Para não me alongar muito, diguemos que se eu ainda estivesse naquela fase da minha vida em que me apaixonava diariamente, teria graves problemas. Apenas no percurso de metro, que dura 15min todas as manhãs, iria certamente apaixonar-me mais de 5 vezes. P.S. Era para pôr aqui fotos, mas parecia mal.