quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Contrabando

Se há coisa que mudou completamente este mundo (sem contar com as “Tardes da Júlia”) essa coisa foi o contrabando. É que antigamente uma pessoa queria um pólo da Lacoste e tinha que passar dois anos a poupar tostões para depois dar 20 ou 30 contos por aquele farrapo; hoje, uma pessoa quer um pólo da Lacoste e o que é que faz? Em vez de ir ao café beber uma Pepsi e comer um panike de chocolate pega no dinheiro, vai ali ao Ti Manel e compra um pólo tal e qual os da Lacoste, com a única diferença que só o pode usar 3 vezes antes dele começar a perder a cor.
Para além disto, o contrabando mudou a vida de muitas crianças. Antigamente uma criança indonésia com 5 anos a um sábado de manhã vestia umas cuecas e ia para o meio da terra jogar à macaca; hoje, uma criança indonésia com 5 anos nem sabe que dia da semana é porque passa os dias todos enfiado numa barraca a coser camisolas e a fazer chinelos.

domingo, 1 de agosto de 2010

Despertadores

Já vos aqui falei de despertadores há uns tempos, mas hoje vou voltar a pegar neste fantástico objecto. É que eu apercebi-me, depois de 1 minuto a pensar no que havia de escrever, que antigamente os despertadores eram muito melhores que os de hoje. Têm dúvidas? Ora vejam: antigamente os despertadores eram grandes, tinham ponteiros e faziam triiiiiiiiiiiiim. Para uma pessoa dar utilidade ao despertador bastava conseguir adormecer (sim, porque com o tic-tac dos ponteiros não era fácil). Hoje os despertadores são todos digitais e em vez de triiiiiiiiiim fazem piiiiiiiiiiiiiiiii. Isto parece uma diferença mínima não é? E é mesmo. A grande diferença, aquilo que faz com que os despertadores de antigamente sejam melhores, é que eles funcionavam, uma pessoa acordava mesmo, porque mesmo que o quiséssemos desligar não era só carregar num botão, e até atirá-lo contra a parede não garantia que ele se calasse. Hoje basta carregar num botão e o despertador cala-se, é que nem é preciso acordar, porque acabamos por desligar aquela porcaria sem sequer nos apercebermos.