domingo, 30 de novembro de 2014

Dia 85 @arad

Música do dia: https://www.youtube.com/watch?v=R5R7owz8Rrc

Três posts seguidos nesta espécie de blogue. Algo está errado com o Universo! No entanto este é um post diferente dos demais, basicamente por não ter nada útil que se diga.  E antes que me esqueça, para além do Indonésio e do Tiaguinho, o Miguelinho também continua a visitar este bonito blogospaço.


Na realidade ontem 11 diferentes pessoas visitaram o blogue, tal como mostra este gráfico aqui (a verde são as page views, a azul as visits e a laranja as returning visits).

E por falar em gráfico, atentemos agora na imagem que está ao lado do gráfico. Deu-me para ir ver as estatísticas de downloads do ficheiro que está no Noites de Utopia e qual não é o meu espanto quando vejo que a espécie de livro já foi descarregada por 64 vezes (!). Ou então o 4shared está todo queimado e é mentira. De qualquer forma, deveria eu publicar as restantes 'Cartas a um Amor Secreto' (e são muitas), cobrando algo por cada download? Huuuuuuuuum.

However, vamos lá à razão de ser do post (que não era nenhuma, mas agora lembrei-me destas bonitas fotos para meter aqui): animais do cacete!






sábado, 29 de novembro de 2014

Dia 84 @arad

Música do dia: https://www.youtube.com/watch?v=sAouQH-34hs

Inacreditável. Impensável. Incrível. Um dia depois de um post, chega outro! Porquê? Apeteceu-me. Para além disso tenho a obrigação ética de fazer um post sobre trabalho, uma vez que muita gente julga que não ando aqui a fazer nada. E por falar em gente, descoberta de última hora: o Dias de Estupidez não tem apenas um leitor, mas sim dois! Para além do pobre Indonésio, o Tiaguinho não só continua a visitar este espaço como conseguiu angariar, de livre e espontânea vontade, mais alguns gostos para a página de Facebook, fazendo com que sejamos agora 95 (Porra! Ninguém arranja mais 5?).


Pois é, trabalha-se mas também se fazem fotos tipo .gif (posso finalmente riscar mais um item da minha 'Bucket List': fazer um .gif muito estúpido comigo mesmo!). Isto foi após mais uma apresentação numa escola, onde para além de ter passado uma hora a ouvir oradores em romeno (que estranhamente até compreendi) fizemos uma pequena apresentação sobre a vida de voluntário e o propósito do projeto. No final ainda trouxemos um carregamento de bolachas caseiras para o dormitório. #quemmerecemerece


Para além deste tipo de atividades, que até é mais ou menos frequente, temos uma atividade todas as quartas no hospital (onde brincamos com os miúdos) e todas as quintas, em que vamos a uma escola para dar uma 'aula' de educação física a duas turmas (duas horas).

Meanwhile, estamos a promover um concurso de fotografia (http://www.onyxproiect.wix.com/home) e planeamos fazer, algures em Dezembro, uma espécie de 'International Christmas' Market' (ah pois é, que eu não ando cá a brincar!). Ah, e agora estou a trabalhar arduamente num desdobrável sobre primeiros socorros que deverá estar pronto durante a próxima semana. E ando a aprender espanhol. E a desenvolver um novo site pessoal. E a fazer exercício frequentemente. E a pensar deixar de consumir produtos lácteos.

sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Dias 74, 75, 76, 77, 78, 79, 80, 81, 82 e 83 @arad @szeged


Como já vem sendo habitual, muitos dias se passaram (uns 10 ou o caraças) desde o último post. Obviamente que me sinto um pouco arrependido por não ter atualizado isto, visto que por 10 vezes algum Indonésio veio aqui parar por engano e não encontrou nada novo, mas não é nada com que não consiga viver.

Por outro lado, e apesar de continuar algo ressentido com o facto de não alcançar os 100 'gostos' na página do facebook, cheguei à conclusão que não me importa muito. Seja o que for.


(as capacidades fotográficas do meu telemóvel continuam a surpreender-me!)

Falando agora dos dias que se passaram, saltemos para a parte em que retornei a Szeged (cidade húngara onde já havia apanhado uma molha desgraçada numa noite: ler aqui). Assim no domingo pela manhã lá acordei para ir pedir boleia, coisa que nem foi muito difícil. Chegámos de Arad a Nadlac (fronteira) facilmente, depois andámos um pouco e, mais uma vez, conseguimos apanhar boleia depois do controlo romeno e antes do controlo húngaro.


Era um senhor muito simpático que falava espanhol e estava a ir em direção a Amesterdão. Para além disso já tinha estado em Aveiro. Infelizmente pouco depois de atravessarmos a fronteira recebeu uma chamada para regressar a Arad porque havia uma encomenda de última hora e acabámos por ficar numa vila húngara, onde aproveitámos para tomar pequeno almoço (excelente e barato, diga-se).


Depois retornámos ao processo de autostop e lá parou um romeno que trabalhava na Alemanha e estava a ir para lá (Munich). Deixou-nos na auto-estrada, a cerca de 4km de Szeged, onde outro carro, desta vez um húngaro, parou e disse de imediato: "Onde querem ir? Que este é o carro da empresa!". Cheguei a acreditar na bondade dos húngaros depois deste...


Agora resumindo, que já 'tou cansado de escrever, chegámos a Szeged, visitámos os monumentos principais como documentam as fotos, escalei ilegalmente (e sem joelho esquerdo) uma estrutura instável para tirar uma foto e acabámos por decidir tentar regressar a Arad no final da tarde. Tentámos durante cerca de uma hora, em que mais de 1000 carros passaram por nós (contei-os durante 5 minutos e depois fiz uma média aproximada) e nenhum parou!






Acabámos por desistir e ficar em Szeged a passar a noite na casa dos amigos japoneses que felizmente tinha feito por lá na última visita (era o plano inicial e assim foi). Que gente mais amigável esta! No dia seguinte visitámos partes da cidade que nos faltavam e fomos outra vez para o local onde tínhamos tentado pedir boleia no dia anterior. Depois de 10 minutos um carro parou e disse-nos que ia para Timisoara, mas que nos podia levar para lá se quiséssemos. Percebemos então que os 1000 carros do dia anterior não tinham parado porque aquela não era a estrada certa para ir para Arad nem Nadlac (os dois cartazes que tínhamos). #boapreparaçãodeviagem

Fomos para Timisoara e depois a partir daí foi extremamente fácil chegar a Arad (que é a 50km). E pronto, fiquemo-nos por aqui. Para o próximo post reservo a parte do voluntariado e as novidades nas atividades (sim, porque eu também trabalho!).

E mana, olha, Parabéns pá!



terça-feira, 18 de novembro de 2014

Dias 66, 67, 68, 69, 70, 71, 72 e 73 @arad @belgrad @timisoara


Oito dias depois aparece um raio de uma atualização nisto. E para começar este post tenho que reclamar pelo facto do facebook desta espécie de blogue (este) ainda não ter alcançado cem gostos! Eu até sei que o que o blogue merecia era "SEM gostos", mas uma vez que chegou aos 87 parece-me demasiado triste não chegar aos CEM.

Quanto aos dias que passaram, foi uma semana calma em que tive a visita de membros da minha “sending organization” (tal como  a miseravelmente foto escura seguinte que não foi tirada com o meu super-telemóvel documenta) e em que pouco mais coisas com realce aconteceram. Portanto este post vai focar-se na viagem de fim-de-semana: Belgrado.


Hitchhiking nem sempre é fácil (tal como já aqui escrevi), mas no caso da minha visita a Belgrado, não só foi fácil como foi mais que isso: foi perfeito! Vamos à história que ninguém vai ler para além de mim daqui a uns meses para recordar estas coisas todas.

Sexta, às 6h33 ‘tava o meu despertador a tocar. Era hora de acordar para me preparar para sair do dormitório e começar a tentar arranjar boleia. Assim foi, eram cerca de 8h quando começámos (meanwhile fomos de tram para fora da cidade) e passados 10 minutos já estávamos a caminho de Timisoara. Um engenheiro que falava inglês e que até nos perguntou se queríamos comer algo.

A seguir, em Timișoara, apanhámos outro tram (obviamente sem pagar bilhete) para a parte de fora da cidade. Íamos a andar calmamente à beira da estrada para chegar a um melhor spot para tentar hitchhiking quando um romeno parou e se ofereceu para nos levar a Moravița. Não falava inglês mas lá nos entendemos em romeno.


Em Moravița andámos cerca de 15/20 minutos em direção à fronteira. No meio deste trajeto vimos um homem a bater numa mulher no meio da estrada (minutos antes tínhamos falado com o homem em espanhol sobre o que andávamos ali a fazer). Infelizmente não pudemos fazer nada para o evitar.

Atravessámos o ponto de fiscalização da fronteira romena e enquanto caminhávamos lentamente para o ponto de fiscalização sérvio um carro parou. O senhor não falava inglês mas o que percebi do romeno foi algo dentro disto: “Desculpem mas não vos posso levar. Podem ir com o meu amigo.” Dois segundos depois apareceu o tal amigo, curiosamente outro engenheiro, que estava a ir em direção a Belgrado. Daí até ao nosso destino foi uma viagem interessantíssima. Falámos sobre a Roménia, sobre as eleições que seriam no Domingo, sobre religião, sobre ciganos, sobre o Drácula, etc. Aprendi imenso.

Quando chegámos a Belgrado ficámos no centro da cidade. Foi só encontrar internet e perceber que o nosso hostel estava a 10 minutos de nós. Fomos, deixámos as coisas e visitámos a cidade. E pronto, o resto 'tá em fotos (más fotos, porque as boas são as do facebook).


(provavelmente a melhor foto que tirei. Chegar a este sítio às 16h20 da tarde e assistir ao pôr-do-sol será sempre uma das mais arrepiantes memórias da minha vida)



 (este monumento, tal como outros, está assim propositadamente e serve para relembrar as pessoas daquilo que foi a guerra da antiga Jugoslávia)



(segundo a wikipedia, esta é a maior Igreja ortodoxa do mundo)

(super-foto tirada com o meu super-telemóvel de NOITE!) 



P.S. – A ideia que maior parte dos estrangeiros têm da Roménia é tão mas tão errada. Eu já restaurei a minha fé na humanidade ‘n’ vezes aqui, e este fim-de-semana simplesmente fiquei arrepiado com o que esta gente vale. Basicamente a Roménia tem sido governada por políticos corruptos (é uma afirmação que todos os romenos podem confirmar). However, depois de na primeira ronda o Ponta (candidato da continuidade, que era Primeiro-Ministro) ter ganho ao Iohannis (favorito de toda a região da Transilvânia), a segunda ronda revelou que há esperança!
Iohannis ganhou, depois de 300.000 romenos fora do país terem votado, depois de décadas de corrupção, depois de subornos feitos pelo partido de Ponta por todo o país. Antes disto, foi imensa a luta, inclusive com uma manifestação com 15.000 pessoas (!) à frente do escritório de Ponta. Quando os resultados foram conhecidos, Iohannis agradeceu e disse: “Romanians, you were heroes today.” E eles foram!

segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Dias 61, 62, 63, 64 e 65 @arad @deva @hunedoara


Disse que ia tentar atualizar isto mais rápido e assim foi caraças, tentei! E até se pode dizer que consegui, visto que das outras vezes passei mais de uma semana sem dar sinais de vida.

Sobre estes cinco dias que se passaram, vou só escrever sobre o de ontem porque não me apetece escrever sobre os outros (que argumentação fortíssima!). Foi domingo e acordei eram 7h30 (!!!) para sair do dormitório às 8h30. Eu, o Pablo (roommate), o Marin, a Erika e a Martina (e depois o Gabriel) lá fomos para a saída de Arad para tentar apanhar boleia para Deva (cidade situada a cerca de 150km de Arad). Esperámos, esperámos, esperámos… até que os carros começaram a parar e lá fomos nós (em três grupos de dois). Chegámos a Deva e apanhámos boleia para Hunedoara (uma outra cidade a 13km de Deva) onde pretendíamos visitar o Corvin Castle.

Conseguimos reencontrarmo-nos todos e fomos até ao Castelo, até agora o melhor que visitei. Ficam umas miseráveis fotos que tirei por lá (as boas fotos estarão no facebook, não aqui!).




A seguir é que foi o catano. Tentámos apanhar boleia de Hunedoara para Deva e passados 10 segundos um carro parou e ofereceu-se para nos levar para Arad por 70 lei (16 euros). Dissemos que não e quero crer que se tivéssemos dito que sim estaríamos agora mortos e todos nus num barracão (o gajo tinha muita mau aspeto). Depois de meia hora lá apanhamos um táxi por 5 euros até à estação de comboios de Deva. Chegámos lá eram 17 horas.

Tentámos apanhar boleia durante uma hora (entretanto escureceu) e desistimos (Deva é uma cidade terrível para fazer hitchhiking porque maior parte dos carros vai por uma espécie de auto-estrada e não passa no local onde nós tentamos). Fomos à estação e soubemos que haveria um comboio por 36 lei às 19h, um mini-bus por 30 lei às 19h45 e um outro comboio às 23h por 60 lei. Como gostamos de poupar, descartámos logo o comboio das 19h e esperámos pelo mini-bus… que estava completamente lotado! Conclusão: toca a pagar 60 lei (14 euros) para o comboio das 23h.

Meanwhile fizemos um ‘amigo’. Um romeno que nos ouviu a falar inglês e espanhol e pensou que éramos italianos (até acertou porque o voluntário que estava comigo é de Itália). Ele tinha trabalhado lá e sabia falar um italiano arcaico que até eu compreendia. Contou-nos que estava à espera para arranjar uma forma de ir para a Itália, mas como não havia autocarro para lá naquela noite iria apanhar um comboio para Viena (não tinha dinheiro suficiente para pagar a viagem até Itália) e depois logo via.

Contou-nos muitas mais coisas (muito estranhas) até que chegou à razão que o levava a ir a Itália: ia matar um gajo da Moldávia que tinha trabalhado com ele. Contou-nos até como é que o ia matar: primeiro ia imobilizá-lo cortando-lhe os tendões que estão localizados acima do calcanhar, depois ia transportá-lo num carrinho e ia acabar com ele num matadouro de porcos (usando aqueles ferros que se espetam nos porcos).


E pronto, nem quero explorar muito este assunto que o gajo ainda encontra o blogue e quem se lixa sou eu (ah, e ele veio connosco no comboio, sendo que em duas horas de viagem conseguiu falar cerca de 1h15, sem se calar mais do que 5 segundos consecutivos).

quarta-feira, 5 de novembro de 2014

Dias 53, 54, 55, 56, 57, 58, 59 e 60 @arad

Músicas dos dias (nos últimos dois posts esqueci-me desta parte, portanto hoje são três!): http://www.youtube.com/watch?v=EllNlYIxaoo
http://www.youtube.com/watch?v=w5IOou6qN1o

E esta vai com vídeo e tudo porque é FOO FIGHTEEEEEEEEEEEERS (a anterior também merecia vídeo vá)!



Este blogue ‘tá cada vez mais morto, mas ainda não está enterrado… portanto ‘bora lá para mais um post (coisa que tem sido rara e que tem feito com que me veja à rasca para contar os dias que meto sempre no título de cada post).

Resumo da semana: pela primeira vez festejei o Halloween a sério. Gastei 16 lei (menos de 4 euros) para comprar o que viria a ser o meu disfarce e no dia seguinte à festa reparei que tinha perdido a chave do quarto (apareceu 3 dias depois). Aqui ficam provas fotográficas:





Pumbas, sem aviso apareceu uma prova fotográfica que não prova nada que esteja relacionado com o tema anterior. É assim que se introduz um assunto como deve ser! Pois é, o Danielzinho vai-se pôr a voar até ao caraças da Suíça! Oh yeah!

E vá, por hoje chega. Vou tentar atualizar isto mais rápido da próxima vez. Tentar.