Antigamente, quando tinha entre 4 e 8 anos, eu era um rapaz fofo. Depois passou-me, e hoje sou o que sou, mas naquele tempo eu até engraçado conseguia ser. Não acreditam? Ora bem, retornemos aos meus 4 ou 5 anos. Já em Portugal os meus progenitores decidiram iniciar-me naquela coisa dos estudos o quanto antes, portanto acabei na pré-escola (ou seja, acabei no jardim de infância… mas “pré-escola” parece uma coisa mais inteligente). Para além de ter aprendido a pintar dentro dos limites dos desenhos e de ter aprendido a atar os atacadores, aprendi a brincar com aquelas letrinhas que se metem na canja (tão feliz que eu já fui com aquelas letrinhas). E como rapaz fofo que era não me custou muito criar laços com as educadoras. Hoje vou-vos falar de uma delas.
Embora a “pré-escola” não ficasse onde morava (ficava numa terra a 2km de distância) toda a gente se conhecia, pelo que a minha mãe sabia quem era a educadora e vice-versa. E sendo a minha progenitora detentora de um bonito jardim ainda mais conhecida era, nomeadamente da tal educadora, pelo que um dia (não sei como nem porquê) acabei por falar com a educadora sobre lírios (imaginem-me a mim, naturalmente fofo, a falar sobre flores… irresistível!). Ela queria lírios amarelos e eu pumba: “Ah, olhe que a minha mãe tem lá disso!”, ao que a resposta foi: “Então diz lá à tua mãe que logo passo lá em casa, sim?”. Bom, então nesse dia cheguei a casa e pus-me a olhar para o jardim. “Onde raio estão as flores amarelas?” pensei eu (tão inocente eu era que até os pensamentos eram sem asneiras). Pois, não havia. Mas havia uns lírios bicolor, meios amarelos meios roxos. “Ai deixa ‘tar que ainda há solução.” deverei ter eu pensado. Portanto arranquei os ditos lírios e zás, toca a arrancar as pétalas roxas para “criar” lírios amarelos! Era ou não era um rapaz esperto?
Embora a “pré-escola” não ficasse onde morava (ficava numa terra a 2km de distância) toda a gente se conhecia, pelo que a minha mãe sabia quem era a educadora e vice-versa. E sendo a minha progenitora detentora de um bonito jardim ainda mais conhecida era, nomeadamente da tal educadora, pelo que um dia (não sei como nem porquê) acabei por falar com a educadora sobre lírios (imaginem-me a mim, naturalmente fofo, a falar sobre flores… irresistível!). Ela queria lírios amarelos e eu pumba: “Ah, olhe que a minha mãe tem lá disso!”, ao que a resposta foi: “Então diz lá à tua mãe que logo passo lá em casa, sim?”. Bom, então nesse dia cheguei a casa e pus-me a olhar para o jardim. “Onde raio estão as flores amarelas?” pensei eu (tão inocente eu era que até os pensamentos eram sem asneiras). Pois, não havia. Mas havia uns lírios bicolor, meios amarelos meios roxos. “Ai deixa ‘tar que ainda há solução.” deverei ter eu pensado. Portanto arranquei os ditos lírios e zás, toca a arrancar as pétalas roxas para “criar” lírios amarelos! Era ou não era um rapaz esperto?
Sem comentários:
Enviar um comentário