quinta-feira, 22 de julho de 2010

Vidros e mais vidros

Eu em tempos fui um rapaz atlético e com gosto pelo desporto (nesse tempo ainda não tinha internet). Estava eu na minha garagem com uns calções da Nike pretos, já sem t-shirt e com uma bola nos pés, a divertir-me numa correria desenfreada de um lado para o outro, sempre no total controlo do esférico e fazendo de tudo para treinar simultaneamente os meus dois pés, quando depois de um movimento corporal lindíssimo em que teria deixado qualquer adversário pregado ao cimento puxei o pé esquerdo atrás, olhei para a baliza desenhada com spray na parede e rematei forte. Prova disso é que o vidro da janela que estava um pouco acima da baliza partiu de imediato e, logicamente, adivinhavam-se problemas (no entanto esta parte não importa).
Passado um tempo o meu progenitor chegou a casa com um vidro substituto e eu, como que para me redimir do fantástico remate proferido, fui logo tirar o tal vidro da carrinha. A minha progenitora disse: “Cuidado com isso” e aqui o Daniel pumba, vidro contra a parede. No entanto não foi suficiente para partir (apenas rachou) e acabou por se pôr o vidro na janela na mesma. Passados para aí 2 anitos (se a memória não me falha, o que é muito provável que aconteça) o pé esquerdo tornou a demonstrar a sua enorme capacidade de pontaria e lá se foi o vidro, prontamente substituído sem conhecimento do meu progenitor e que ainda hoje lá está (nunca mais lá voltei a treinar o meu pontapé).

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