terça-feira, 30 de agosto de 2011

Um livro, uma árvore e uma filha

Lembro-me como se fosse hoje de ouvir, pela primeira vez na minha vida, aquela história que para um homem ser mesmo um homem tem que fazer três coisas: escrever um livro, ter um filho e plantar uma árvore. Na altura pensei: «Hum, isto de ser homem nem é uma coisa assim tão difícil.», principalmente porque naquele tempo (tinha eu uns 16 ou 17 anos) já tinha a árvore plantada e o livro escrito. Aliás, árvores terei plantado até mais que uma, graças aquela coisa do Dia da Floresta em que a miudagem ia toda para a serra plantar pinheiros. Quanto ao livro, e partindo do princípio que quem inventou esta coisa dos 3 requisitos para ser homem não se estava a referir a livros publicados, algures pelos meus 13 ou 14 anos andava com a mania que era artista, então decidi escrever um livro infantil com desenhos e tudo. Apesar de não fazer ideia onde raio anda o livro, lembro-me que a história era qualquer coisa como um príncipe a salvar uma princesa, ou seja, era algo de imensamente original.
Concluindo, para ser um verdadeiro homem falta-me ter um filho, ou melhor, uma filha, coisa pela qual estou disposto a esperar, mantendo assim a minha juventude e despreocupação, embora que, se dependesse da minha vontade, este requisito seria substituído por algo que um rapaz conseguisse fazer sozinho, como por exemplo: pagar a conta da luz ou dar um violento pontapé a um vidro e ficar com um pouco desse vidro enterrado no dedo grande do pé esquerdo. É que isso sim, é realmente de homem!

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