segunda-feira, 4 de julho de 2011

Sonhos: uma perspectiva secante

Aqui há uns tempos disse que havia de escrever sobre sonhos e ontem, lá pelas 5 horas da manhã, lembrei-me disso e decidi despachar o assunto. Portanto aqui está uma reflexão altamente escrita a horas indecentes:

Eu sempre achei os sonhos uma das melhores coisas da vida. E não, não 'tou a falar daqueles sonhos em que 'tamos num lugar e passados 2 segundos 'tamos noutro e em que ficamos sem perceber nada do que se passou. Refiro-me especialmente àqueles sonhos que temos quando estamos acordados sabem? Em que imaginamos as coisas como queremos e em que voltamos atrás e tornamos a imaginar. E se há coisa que eu gosto nesses sonhos é que mesmo que sonhemos com a coisa mais impossível do mundo, acabamos a sorrir e a acreditar, nem que seja por momentos. Haverá melhor coisa que isso? Claro que sim: quando tudo aquilo com que passámos horas a sonhar está ali, a um passo de se concretizar, a um passo de se tornar realidade.
Mas «nem tudo são rosas» (se fossem, isto não tinha piada nenhuma), e a avassaladora maioria desses nossos sonhos não passam disso mesmo. Eu, por exemplo, sou daquelas pessoas que passa mais tempo a «sonhar» que a viver a realidade. Seja a andar na rua, seja a fazer um exame, seja a ver televisão... pumba, lá 'tá o Daniel a vaguear pelo mundo da fantasia. E mesmo assim realizações... nem vê-las.
Voltando atrás, agora que penso, ter aquilo com que passámos horas a sonhar a um passo de se tornar real nem sempre é melhor que esses tais sonhos. Não o é quando perante essa oportunidade única e que tanto se desejou não somos capazes de o fazer. E pior ainda, não o é quando estamos perante essa oportunidade e nem sequer nos damos conta.
Mas sabem o que é mais fantástico nos sonhos? É que mesmo quando nos queremos convencer que já não há fundamento nenhum em ter aquele sonho, quando queremos deixar de sonhar com «isto» e passar a sonhar com «aquilo», acabamos por continuar a sonhar com a mesma coisa e acabamos por a desejar ainda mais, mesmo que julguemos que não vale a pena. É aqui que tudo se baralha e em que a «racionalidade» da vida real (a que nos diz para sonhar com outra coisa) é confrontada com a «racionalidade» dos sonhos (que insiste em fazer-nos acreditar no mesmo sonho). Qual é que será a «racionalidade» certa?

Bem, para ter escrito isto (acabei de escrever às 5h20), mais valia ter 'tado a dormir. Mas vá, faz de conta que neste post só contam as notas que se seguem:

Nota 1: agora que estou oficialmente de férias terei contacto menos regular com o mundo cibernético. Apesar disso as postagens do «Dias de Estupidez» tão asseguradas (benditas postagens automáticas);
Nota 2: por falar em férias, vou aguardar o balanço do ano académico para daqui a uma semanita ou duas, visto que me falta saber uma nota;
Nota 3: o «Dias de Estupidez» ultrapassou os 25 «likes» no Facebook, e agora eu queria mesmo era os 50. Se alguém quiser dizer aos amigos dos primos dos colegas para gostar da página, esteja à vontade. :)
Nota 4: carreguei num botão sem querer e isto ficou dentro de um rectângulozinho. Bem giro hein? 

2 comentários:

Bruna disse...

poucas coisas foram tão coerentes e tão bonitas pra mim :D

too com saudade dani, vc me bloqueou que eu sei!
beijo!

Daniel Paiva disse...

Olá Bia! ;) Ainda bem que gostaste do texto. E é claro que não te bloqueei! Só não tenho net para ir ao messenger :(
Espero que esteja tudo bem contigo. Beijo.