sábado, 3 de outubro de 2015

București: Micul Paris

Hoje vou-me alongar um pouco mais, visto que ultimamente os posts por aqui pouco ou nada têm prestado. Para além disso, amanhã vou correr a minha primeira meia maratona e existe a possibilidade de não sobreviver para contar a história.


E vou-vos escrever sobre os meus últimos 6 meses passados pela capital romena: București. Por não ser uma cidade que entre normalmente num roteiro turístico europeu, pouca gente sabe algo sobre esta aglomeração de quase 2 milhões de habitantes.




Apesar de ter estado pela Roménia durante 5 meses, aquando do meu voluntariado, nunca tinha tido oportunidade de visitar Bucareste, portanto a primeira vez que cá estive foi mesmo quando o avião aterrou no Aeroportul Internațional Henri Coandă, na noite de 22 de Fevereiro.

Nessa mesma noite passei pela Gara du Nord, ou seja, pela principal estação de comboios da cidade (foto acima), o que contribuiu em muito para a minha péssima primeira impressão de Bucareste. O que pensei na altura, recordo-me, era que aquilo mais parecia um barracão abandonado (hoje não penso o mesmo, e até é um dos locais que mais irei recordar).



O dia seguinte à chegada foi mais uma catástrofe em que nada me correu bem e em que pensei, dezenas de vezes, porque raio tinha voltado para a Roménia. Felizmente que a partir daí tudo foi melhorando, fazendo com que hoje possa afirmar que tomei a decisão certa ao voltar para este país.

Mas voltando à capital, Bucareste é uma cidade estranha. Marcada pelo período comunista de Ceauşescu, é uma cidade de extremos e variantes. São vários os prédios degradados e os edifícios com aspeto pouco habitável, no entanto são também vários os monumentos e os parques de fazer inveja a qualquer cidade europeia.


É acima de tudo uma cidade que está a evoluir, muito pelo impulso europeu, mas que continua fiel àquilo que sempre terá sido. Há pobreza e dificuldades, é certo, mas está longe de ser o fim do mundo que muitos pensam que é. Para além disso, é uma cidade segura. Nunca, até hoje, tive qualquer problema, nem sequer nas várias vezes em que me perdi em ruas com aspeto perigoso a meio da noite. Para além disso, o que não faltam para aqui são seguranças.


Bucareste é uma cidade gigante, cheia de prédios e pessoas, no entanto tem uma imensidão de parques com lagos e espaços verdes. Para além disso, todos esses parques estão direcionados para o exercício físico, com equipamentos para fazer ginástica e pistas de ciclismo/corrida bem marcadas.


O que não faltam são restaurantes e bares, sendo que aqui tem destaque o Centrul Vechi, parte mais antiga da cidade e onde se centra a nightlife da cidade. Jantar num restaurante de 'classe' (maior parte dos restaurantes por aqui são de muito boa qualidade) faz-se por cerca de 30/40 RON (7/8 euros). Já uma cerveja, que aqui se serve normalmente em doses de 500ml, custa entre 6 e 12 RON (2/3 euros), dependendo do bar em que se entra.


Quanto à noite a sério, aqui não se paga entrada para ir a um bar. Vai-se, vê-se e bebe-se, se se quiser. O que não falta é oferta e passar de um espaço para outro é uma questão de minutos. 


Last but not least, e focando o ponto sobre o qual o indonésio se deve estar a questionar, passemos às mulheres em Bucareste. Para não me alongar muito, diguemos que se eu ainda estivesse naquela fase da minha vida em que me apaixonava diariamente, teria graves problemas. Apenas no percurso de metro, que dura 15min todas as manhãs, iria certamente apaixonar-me mais de 5 vezes. P.S. Era para pôr aqui fotos, mas parecia mal.

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